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Mostrando postagens de abril, 2012

As Façanhas de Camonge

Autor: Edigles Guedes Certa feita, Camonge era em demasia Aperreado por dinheiro ou donzelas. Todavia, sem trabalho, inda que sagaz, O estômago cavalga pelas goelas, A barriga em petição de miséria. Fazem voltas lombrigas da matéria; Pinturas sem técnicas de aquarelas; Na cozinha, aquele botijão sem gás. Matutou em sentido anti-horário:  — Fazer O que para pôr dinheiro à sua mesa? Camonge arquitetou uma ideia supimpa. Pois foi, lâmpada de Aladim acesa! O matreiro fez cocô numa estrada. Cobriu com chapéu sua obra desalmada, E ficou vigiando-o de sobremesa, Para tirar o atraso, assoalho à limpa. Na ocasião, chegou um fazendeiro lhano. Olhou que olhou, e perguntou, que nem bucha De canhão dos piratas em seus brigues: — De quem é o chapéu de feltro com bruxa? O ladino, sem papas em sua língua, Sem palavras vãs que vivam à míngua, Sem largar vácuo do vazio de ducha: — Meu! — fala sem muitos zigue-zigues. O fazendeiro, meio cabreiro, indagou: — E o que é...